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domingo, 16 de novembro de 2014

Resumo das Falas da Palestra "Literaturas Lusófonas - Contatos e descobertas"

Tema da palestra de Encerramento dos Encontros Literários é  "Literaturas Lusófonas - Contatos e descobertas".
Os Palestrantes serão os Prof. Dr. José Leite Júnior (UFC), a Profa. Dra. Sueli Saraiva (UFC) e o professor José Carlos Siqueira.

A seguir, os resumos das falas dos Palestrantes:

"Claridade: discurso constituinte de Cabo Verde".
Prof. Dr. José Leite Junior

A revista Claridade, com nove números publicados entre 1936 e 1960, é reconhecida como a publicação seriada mais relevante de Cabo Verde. A diversidade de gêneros textuais da autoria dos claridosos, variando do poético ao antropológico, não esconde o traço comum da busca da identidade cabo-verdiana. Tal invariante, em meio às variantes textuais, pode ser entendida à luz da categoria do discurso constituinte, proposta por Maingueneau (1995, 2006, 2008). São evidências do discurso constituinte da Claridade, que reuniu uma comunidade discursiva própria, traços como o uso do crioulo ao lado do português, o espelho na literatura, na antropologia e na sociologia do Brasil, a paratopia em torno da Pasárgada e a adoção de postulados da poética modernista, como os versos livres e brancos, marcas de uma enunciação ideologicamente fundadora e legitimadora das instâncias jurídico-políticas que se efetivariam na independência política de Cabo Verde.

"Relações literárias entre Brasil, Angola e Moçambique"
Profa. Dra. Sueli Saraiva (UFC-CAPES)


Em entrevista à pesquisadora brasileira Rita Chaves, o poeta maior de Moçambique, José Craveirinha (1922-2003), assim recorda a importância dos autores e obras brasileiros em sua educação literária e na formação da literatura moçambicana, ainda sob o regime colonial português: “Nós, na escola, éramos obrigados a passar por um João de Deus, um Dinis, os clássicos de lá. Mas, chegados a uma certa altura, nós nos libertávamos. E, então, enveredávamos por uma literatura “errada”: Graciliano Ramos ...
Então vinha a nossa escolha, pendíamos desde o Alencar. Toda a nossa literatura passou a ser um reflexo da Literatura Brasileira. Então, quando chegou o Jorge Amado, estávamos em casa. [...] ”. No mesmo tom de reconhecimento, o angolano José Luandino Vieira (1935) enfatiza a revelação proporcionada pelo texto de Guimarães Rosa no florescimento de sua prosa ficcional, “ensinando-lhe” a liberdade de criar, recriando a língua portuguesa. Nesta comunicação propomos discorrer sobre essas “relações
literárias”, com base no atual comparatismo literário, em sua problematização dos conceitos de influência, imitação e originalidade.

"A revolução eciana na prosa literária"
Prof. José Carlos Siqueira


Quando Eça de Queirós debutou na literatura, nos folhetins da Gazeta de Portugal , o editor do jornal assim descreveu o jovem cronista: “Tem muito talento este rapaz; mas é pena que estudasse em Coimbra, que haja nos seus contos sempre dois cadáveres amando- se num banco do Rossio, e que só escre...va...va...va em francês”. A gagueira do editor serviu- lhe para enfatizar que a escrita e o estilo do principiante Eça fugia, e muito, daquilo que se considerava o português castiço e, em especial, da norma literária daquela língua. Sem o saber, o jocoso jornalista cometia involuntariamente uma ironia, pois essa nova forma de sintaxe, de escrita dita afrancesada, passaria a ser o ideal de grande parte dos escritores do final do século XIX em Portugal. Mais ainda: os espanhóis sofreriam sua influência e, no Brasil, até a metade do século XX, Eça seria o modelo da prosa literária por excelência. A presente comunicação pretende fazer um breve resumo da revolução eciana na escrita de ficção em português.


EXPOSIÇÃO DE BORDADOS INSPIRADOS EM CONTOS DE MOREIRA CAMPOS


Os Bordados foram produzidos na Oficina "Uma viagem bordada pela literatura de Moreira Campos", realizada em junho desse ano, pelo grupo Iluminuras, com coordenação da Prof.ª Dr.a Neuma Cavalcante.que teve como tema o livro Dizem que os cães veem coisas.
Quando: 19 de Novembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO DOS ENCONTROS LITERÁRIOS

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO DOS ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS 2014 & EXPOSIÇÃO DE BORDADOS INSPIRADOS EM CONTOS DE MOREIRA CAMPOS

Encerramento Encontros Literários Portal UFC

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Conferência de Encerramento dos Encontros Literários Moreira Campos

Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 19 de Novembro, a Conferência de encerramento dos Encontros Literários Moreira Campos, edição de 2014, ano de centenário de nosso maior contista e professor. A Palestra terá como tema: ‘Literaturas Lusófonas - Contatos e descobertas’ e contará com a presença dos palestrantes Prof. Dr. José Leite Júnior (UFC), a Profa. Dra. Sueli Saraiva (UFC) e o professor  José Carlos Siqueira.
Além da referida conferência, o encerramento contará com a exposição dos bordados produzidos na Oficina Uma viagem bordada pela literatura de Moreira Campos, realizada em junho desse ano pelo grupo Iluminuras, que teve como tema o livro Dizem que os cães veem coisas. Também haverá a entrega dos certificados dos participantes dos Encontros Literários e da 2ª Jornada Literária 100 anos de Moreira Campos. Todos estão convidados para celebrar mais uma vez a literatura!

Tema da palestra: Literaturas Lusófonas - Contatos e descobertas.

Palestrantes: Prof. Dr. José Leite Júnior (UFC), a Profa. Dra. Sueli Saraiva (UFC) e o professor  José Carlos Siqueira.
Palestrantes: Quando: 19 de Novembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.

Fotos da 17ª Palestra Encontros Literarios

 




 

17ª Palestra Encontros Literários Moreira Campos


Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 12 de Novembro, um momento especial, com o professor de Literatura brasileira, Dr. Marcelo Pellogio, e com a professora de Literatura portuguesa, Prof.ª Dr.ª Ana Márcia Alves Siqueira, ambos do Departamento de Literatura da UFC, que abordarão os temas da crítica literária e do romance português romântico. Todos estão convidados.

Tema da palestra: Um problema contemporâneo: a ausência de crítica na crítica da ausência e 170 anos de publicação de Eurico, o presbítero: literatura, história, tradição e inovação.
Palestrante: Prof. Dr. Marcelo Pellogio e Prof.ª Dr.ª Ana Márcia Alves Siqueira
Quando: 12 de Novembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.

domingo, 2 de novembro de 2014

Biografia dos Pesquisadores da Mesa de Literatura Italiana

YURI BRUNELLO

Yuri Brunello é professor Adjunto-A, Nível I do Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade federal do Ceara'. Graduado em Letras pela Università di Genova  e obteve seu título de Mestre em Cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), após defender dissertação sobre as relações intertextuais entre a produção de Nelson Rodrigues e a de Luigi Pirandello. Tem doutorado obtido na Università La Sapienza de Roma em 2012, com tese dedicada a analise da interdiscursividade entre o Romantismo europeu e o Romantismo das Americas. Exerceu a função de professor substituto de Língua Italiana em variadas universidades, tais como UFC e UFPR, sendo em 2012 professor visitante em uma universidade em Montreal Canada. Tem diversas publicações de artigos acadêmicos em revistas e periódicos nacionais e internacionais.

CARLOS ALBERTO DE SOUZA

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Ceará (1976) e mestrado em Letras pela Universidade Federal do Ceará (2005) e Doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (2013) .Professor adjunto de Italiano do Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Federal do Ceará, atuando principalmente nos seguintes temas: Literatura comparada, lexicologia, lexicografia e linguagem regional.

RAFAEL FERREIRA DA SILVA

Graduado em Letras (Português - Literaturas e Português - Italiano) pela UFRJ (1998 e 1999 respectivamente). Mestre (2002) e Doutor (2008) em Letras Neolatinas pela UFRJ, na área de Estudos Linguísticos Italianos. Especialista Lato Sensu em Educação a Distância (2006). Professor do POET (Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução/UFC). Professor Adjunto III de Língua, Literatura e Cultura Italiana na Universidade Federal do Ceará e Tutor de Linguística e de Linguística Aplicada do Instituto UFC Virtual / UAB. Interesse por Glotodidática, EAD e Tradução.

MARINÊS LIMA CARDOSO

Possui Doutorado (2010) e Mestrado (2005) em Letras Neolatinas, opção Literatura Italiana, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Bacharelado (2001) e Licenciatura em Português-Italiano também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Professor Adjunto I de Língua, Literatura e Cultura Italiana junto ao Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Federal do Ceará. Atua também na Pós-graduação em Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará.

TEREZINHA MARTA DE PAULA PERES


Graduada em Letras- Italiano pela Universidade Federal do Ceará (2005). Mestre em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras - UFC (2011). Atualmente cursa Doutorado em Estudos da linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). É professora efetiva da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza ocupando hoje a função de professora do Curso de Italiano do Centro de Línguas do IMPARH.

Resumo das Palestras dos Pesquisadores de Literatura Italiana

PROF ª. DRª.  MARINÊS LIMA CARDOSO

Resumo: Alberto Moravia: a incomunicabilidade entre as personagens.
Alberto Moravia (1907-1990) foi um dos escritores que mais agiu no panorama cultural da Itália durante o século XX através das denúncias feitas nas suas obras.  O escritor romano apresentou temas decisivos propostos pela atualidade, como a incomunicabilidade e a indiferença que permeavam as relações entre as personagens nos romances Gli indifferenti (1929) e La noia (1960). Essas obras são pontuadas por uma incapacidade das personagens se explicarem, revelando a inutilidade da palavra. Desse modo, a personagem tenta romper com o quadro de solidão que se estabelece através do encontro com o outro, visto aqui como uma  liberação de todo convencionalismo e moralidade presentes em uma Itália canônica. Entretanto, esse encontro com o outro presente nas narrativas moravianas apresenta, em determinados momentos, características desvinculadas das relações amorosas convencionais, ou seja, fora do amor idealizado. Nesse estudo, serão utilizados os pressupostos teóricos de G. Genette (1976) e Z. Bauman (2004).
 Palavras-chave: Alberto Moravia, literatura italiana, incomunicabilidade

PROF. DR. CARLOS ALBERTO DE SOUZA

Resumo: Paisagens e Figuras Humanas em Elio Vittorini e João Cabral
Este trabalho visa tanto apresentar a Sicilia de Elio Vittorini, com base no seu romance Conversa na Sicília, cuja leitura possibilita não só uma visão panorâmica dessa região, mas também algumas das principais características socioculturais de sua população, quanto estabelecer uma comparação com o poema Auto de Natal pernambucano Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Desse cotejamento, percebe-se que ambas as obras tem algumas características coincidentes, especificamente no que concerne à caracterização dessas duas regiões. Quanto às narrativas dessas obras, é notória também uma comunhão temática e ideológica a qual permeia a estratificação social e cultural das regiões supracitadas. Para a realização deste estudo, estribou-se não só na concepção teórica de Dionys Durisin, que trata da relação entre o fenômeno literário e fenômeno histórico, mas também na concepção da literatura regionalista, de Ana Pizzarro.
Palavras-chave: comparação, regionalismo, ideologia, estratificação social

PROF. DR. RAFAEL FERREIRA DA SILVA (UFC)

Resumo: Traduzindo a Sicília de Camilleri
A Sicília sempre foi uma terra fértil para as artes, sobretudo a literatura. De fato, foi o berço da tradição literária em língua italiana na primeira metade do século XIII e foi também berço de grandes escritores modernos. Um siciliano que, há pouco mais de 20 anos, vem chamando a atenção da ilha, da Itália e do mundo é Andrea Camilleri (1925), que completará 90 anos em setembro de 2015 e cuja obra representa um fenômeno de âmbito internacional, pelo seu valor literário, pela referência constante à realidade histórica da Sicília e da Itália (mas também da Europa, da África, da Ásia e das Américas), pela sua composição linguística peculiar, pelo fascínio que exerce nos leitores – os quais podem lê-la tanto na língua original (15 milhões de cópias vendidas), quanto nas traduções feitas em mais de 30 idiomas. Uma das formas em que se expressa a questão identitária em sua obra é o uso de uma linguagem muito particular, que mistura a língua italiana e o dialeto siciliano, seja nos diálogos, seja na voz do narrador. Pretende-se neste trabalho analisar algumas estratégias de tradução de sua obra para o português, no que diz respeito a aspectos sociolinguísticos e culturais.
 Palavras-chave: Estudos da Tradução, Sociolinguística, Camilleri, Italiano, Dialeto siciliano.

PROF. DR. YURI BRUNELLO, UFC

Resumo: Eugenio Montale, poeta entre física e metafisica
A nossa apresentação pretende ser uma breve introdução a Ossi di seppia (Ossos de sépia, em português), o primeiro texto de poesias publicado, em 1925, por Eugenio Montale, que cinquenta anos depois irá receber o Prêmio “Nobel” de literatura pelo conjunto da sua obra literária. Nascido em Gênova em 1896, Montale com Ossi di seppia contribui para a consolidação – dentro da cultura italiana da primeira metade do século XX – do discurso modernista europeu, em alternativa tanto ao “classicismo” hermético quanto ao vanguardismo futurista. Ossi di seppia, um pequeno livro articulado em cerca de cinquenta líricas, representa uma releitura da tradição literária italiana através de uma perspectiva radicalmente inovadora: metafisica, mas ao mesmo tempo ligada aos detalhes aparentemente sem sentido do dia a dia. Foi graças a tal obra que Montale tornou-se uma referência para a construção de uma visão de mundo diferente daquela difundida pela cultura dominante: visão de mundo antirretórica e crítica até das ilusões do próprio fazer poético.
 Palavras-chave: Modernismo, Vanguarda, Hermetismo

16ª PALESTRA ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS


SEVERINI, Gino. Dança do Pan Pan em Monico, 1959-1960. Óleo sobre tela, 280 x 400 cm. Centre Georges Pompidou, Musée national dart moderne, Paris, França.

Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 05 de Novembro, um momento especial, com pesquisadores de Língua e Literatura Italiana, com os palestrantes e suas respectivas falas: Prof. Dr. Yuri Brunello (UFC) - “Eugenio Montale, poeta entre física e metafisica”; Prof. Dr. Carlos Alberto de Souza (UFC) - “Paisagens e Figuras Humanas em Elio Vittorini e João Cabral”; Prof. Dr. Rafael Ferreira da Silva (UFC) - “Traduzindo a Sicília de Camilleri”; Profª. Me. Terezinha Marta Peres (UFRN) - “O humorismo de Pirandello em Não é uma e coisa séria”e Prof. ª Dr.ª  Marinês Lima Cardos (UFC) - “Alberto Moravia: a incomunicabilidade entre as personagens”. Não percam! Todos estão convidados a prestigiar a Literatura Italiana!

Tema da palestra: Mesa de Pesquisadores de Literatura Italiana.
Palestrantes: Prof. Dr. Yuri Brunello (UFC); Prof. Dr. Carlos Alberto de Souza (UFC);
Prof. Dr. Rafael Ferreira da Silva (UFC); Profª. Me. Terezinha Marta Peres (UFRN) e
Prof ª. Drª.  Marinês Lima Cardos (UFC)
Quando: 05 de Novembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.





Cartaz 2ª Jornada Literária 100 anos Moreira Campos


2ª JORNADA LITERÁRIA 100 ANOS MOREIRA CAMPOS


INSCRIÇÕES GRATUITAS: enviar nome completo e telefone para o e-mail: jornadasliterariasufc@gmail.com 
QUANDO: 7 de Novembro de 2014
Programação: palestras e leitura expressiva de contos do escritor cearense.
Horários: Manhã - 9 às 11h Tarde - 15 às 17h
Vagas: 50
Certificado: 20h/a
Local: Auditório José Albano/Centro de Humanidades área I/UFC (Benfica).

Esta jornada literária faz parte da programação dos Encontros Literários Moreira Campos 2014 e tem por objetivo divulgar e incentivar a leitura da obra de Moreira Campos, escritor cearense e professor do Curso de Letras da UFC (1914-1994), autor de vários livros de contos, dentre os quais destacamos Vidas Marginais (1949), Portas fechadas (1957), O puxador de terço (1969), Os doze parafusos (1978) e Dizem que os cães veem coisas (1987). Além de contos, Moreira Campos também escreveu poemas e crônicas. Algumas de suas composições literárias foram traduzidas para as línguas inglesa, francesa, alemã, hebraica e italiana. A jornada realizar-se-á no dia 07 de novembro de 2014.

https://www.facebook.com/events/344856532350466/?ref=22

Programação Mês de Novembro Encontros Literários


ADIAMENTO DA PALESTRA DO DIA 22 DE OUTUBRO DOS ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS

Olá, caros amigos frequentadores dos Encontros Literários Moreira Campos, informamos que a palestra que se realizaria na próxima quarta feira, dia 22 de Outubro, cujo título - Um problema contemporâneo: a ausência de crítica na crítica da ausência & 170 anos de publicação de Eurico, o presbítero: literatura, história, tradição e inovação – sob a batuta dos  Professores Marcelo Peloggio e Ana Márcia Alves Siqueira, infelizmente, será transferida para o dia 12 de Novembro, em virtude da realização do evento Encontros Universitários 2014, da UFC, que ocorrerá entre os dias 22 a 24 desse mês, maior evento acadêmico do Ceará, que mobiliza e mobilizará a maior parte dos professores, dos alunos e dos funcionários dessa instituição. Enfim, avisem os seus amigos e não fiquem ansiosos, preparamos muitas surpresas literárias para o mês de novembro. Segue a programação atualizada para o mês de novembro dos Encontros Literários. Também estamos com saudade de vocês. Até mais e um forte abraço a todos!

Evento: Ética e Política na Obra de Agustina Bessa-Luís 14 e 15 de outubro


Dia 15 de outubro - 9h30 - 11h | Sala 1 - Presidente | Mário Cláudio
Conferencistas
Odalice de Castro Silva | “Agustina: o drama da linguagem em tempos de incerteza”
Nuno Júdice | “A ficção do poeta em Agustina”
Jorge Valentim (UFSCar/FAPESP) | “Entre ragtime e leitmotiv: intertextos musicais em O Concerto dos Flamengos, de Agustina Bessa-Luís

http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Eventos/Evento?a=4927

Fotos Encontros Literários - 08/10/2014






Fotos da Palestra o Boom Latino Americano





Resumo: OS MISTÉRIOS DE ELÊUSIS NA ALCESTE, DE EURÍPEDES

Camila Sâmia da Silva Souza

Neste trabalho, desejamos propor uma aproximação da tragédia grega Alceste aos mistérios de Elêusis, uma das práticas religiosas da Grécia clássica. Considerando as relações entre religião e teatro na Atenas do século V a.C., observamos como a tragédia Alceste traz em sua composição traços de alguns cultos praticados na Grécia clássica, como é o caso dos mistérios de Elêusis, e como esses traços interferem na configuração do drama e nas escolhas para a apresentação da tragédia. Utilizamos para tanto a obra A religião grega, de Fernand Robert, Religião grega na Época Clássica e Arcaica, de Walter Burket, o “Hino a Deméter”, de Homero, além de outras obras relacionadas aos mitos, religião e à tragédia grega Alceste. Através da análise dos textos, observamos aspectos religiosos dos mistérios de Elêusis presentes na tragédia de Eurípedes, que nos ajudam a repensar o mito de Alceste e o próprio modo de apresentação desta tragédia que em tanto difere das demais de seu gênero.

Palavras-chave: Tragédia Grega, Mistérios de Elêusis, Alceste.

Resumo: A VIA CRUCIS DO CORPO”: SOFRIMENTO E LINGUAGEM N'AS TRAQUÍNIAS, DE SÓFOCLES

Francisco Alison Ramos da Silva (Doutorando em Letras – UFC)

O corpo doente, ou morto, é uma constante no teatro de Sófocles, não apenas porque suas peças são trágicas, mas também, e principalmente, porque essa parece ser a sua maneira mais imediata de representação do páthos. As situações dolorosas em que se veem as suas personagens conduzem a sua poesia para outras realidades, em que o humano, destituído e restituído pela linguagem, percebe-se refém de suas misérias. Estas, experimentadas no corpo (aos pedaços), apontam para um saber (sophía) que, apesar de se posicionar nas contingências da linguagem humana, aponta para uma “linguagem” universal que se faz natureza (phýsis). N'As Traquínias, é no corpo de Héracles que vibra uma centelha do fogo de Heráclito, cujo devir passa também pelo rio das idades de Dejanira.

PALAVRAS-CHAVE
Corpo; sofrimento; linguagem; As Traquínias.

Palestrantes da Mesa de Pesquisadores de Literatura Clássica

Francisco Alison Ramos da Silva

Doutorando em Letras (Literatura Comparada) pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde realiza atualmente pesquisa que versa sobre o gênero cômico e suas formas múltiplas na Grécia do século V a. C. (Aristófanes). Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) onde desenvolveu pesquisa que versa sobre literatura e filosofia clássicas. Título da dissertação: "Destino e devir nos fragmentos de Heráclito e n' "As Traquínias", de Sófocles". Conclusão do mestrado: 2013. Graduado em Letras Português/Francês - Literaturas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Conclusão da graduação: 2011. Tem experiência na área de ensino de línguas francesa e portuguesa e de literatura brasileira.

Camila Sâmia Da Silva Souza

Possui graduação em Letras Português-Literatura concluída em 2011 pela Universidade Federal do Ceará. Cursa, atualmente, o Mestrado em Letras (Literatura Comparada) onde desenvolve pesquisa sobre as influências da Mitologia Grega na Literatura Brasileira Moderna. Integra desde 2009 o Grupo de Estudos Narrativa e Espetáculo (GENES) do Núcleo de Cultura Clássica da Universidade Federal do Ceará.

15ª PALESTRA ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS

Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 08 de Outubro, um momento especial, no qual viajaremos até a Grécia antiga, por meio das palestras “A via crucis do corpo”: sofrimento e linguagem n'as Traquínias, de Sófocles”, do pesquisador Francisco Alison Ramos da Silva (UFC) e “Os mistérios de Elêusis na Alceste, de Eurípedes”, da pesquisadora Camila Sâmia da Silva Souza (UFC). Pesquisas sob a orientação do Prof. Dr. Orlando Luís Araújo (UFC). Estão todos convidados!

Tema da palestra: Mesa de pesquisadores da Tragédia Grega
Palestrante: Prof.ª Camila Sâmia Da Silva Souza e Prof. Me. Francisco Alison Ramos da Silva
Quando: 8 de Outubro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.

https://www.facebook.com/events/1553846671513669/?source=1&sid_create=3196569410

RESUMO DA 14ª PALESTRA ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS - O BOOM LATINO-AMERICANO

Crédito da imagem: Julio Cortazar e Mario Vargas Llosa disponível no blog Del Castillo Literario/ Colombia.
UMA CIDADE FLUTUA NA VIDA E NA OBRA DE JULIO CORTAZAR E MARIO VARGAS LLOSA

Por Odalice de castro Silva (Professora de Teoria Literária e Literatura Comparada/Associado IV, no Depto. de Literatura da UFC)

As orientações artísticas, as linhas ideológicas e as orientações políticas e históricas durante as décadas de 1960 e 1970 deram ensejo a que escritores e poetas da latino-américa desenvolvessem uma escritura que despertou o interesse do Ocidente, através de uma produção híbrida de criação e de crítica do pensamento criativo. Entre eles, destacam-se para este exercício de homenagem, os nomes de Julio Cortázar (1914-1977), do qual os leitores comemoram o seu 1º Centenário de nascimento, consagrado como romancista e contista e o de Mario Vargas Llosa (1936-), muito ligado à cultura brasileira, sobretudo após a publicação de Guerra do Fim do Mundo (1981), obra de intenso diálogo com Os Sertões (1901), de Euclides da Cunha. Nossa reflexão contempla, em especial, a atenção que estes escritores devotaram ao pensamento crítico, a exemplo do que encontramos na tradição francesa, importante na formação de ambos.

Palavras-chave: Vanguardas artísticas. Escritura. Hibridismo Crítico.

14ª PALESTRA ENCONTROS LITERÁRIOS MOREIRA CAMPOS

O BOOM LATINO-AMERICANO
Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 01 de Outubro, um momento especial e único, em homenagem aos escritores da Literatura latino-americana, tais como Júlio Cortázar, Gabriel García Márquez, Carlos Fuentes, Mario Vargas Llosa, entre outros, com a palestra da Professora Doutora Odalice de Castro Silva (UFC). Todos estão convidados!

Tema da palestra: escritores do Boom latino-americano
Palestrante: Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC).
Quando: 1 de Outubro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.

https://www.facebook.com/events/1552153438348714/?context=create&source=49&sid_create=2571520206#

Fotos da Palestra Mesa de pesquisadores Literatura Cearense














Resumo Palestra Lídia Barroso

OS 41 ANOS DE PLURALIA TANTUM E A TRAJETÓRIA INTELECTUAL DO ESCRITOR E JORNALISTA GILMAR DE CARVALHO
Resumo: Este trabalho se propõe a apresentar, no ano em que se comemoram os 41 anos de publicação de Pluralia Tantum (1973), um panorama da obra ficcional do escritor e jornalista cearense Gilmar de Carvalho (1949-). Apresentaremos suas atividades quanto jornalista, escritor, publicitário, professor universitário e pesquisador da cultura popular nordestina. Gilmar de Carvalho estreou como escritor de ficção nos finais da década de 1960, com seus primeiros textos publicados na Gazeta de Notícias, mas seu primeiro livro só seria publicado em 1973. O término (provisório) da produção literária do escritor foi marcado pela publicação de Pequenas Histórias de Crueldade (1987), livro de contos. Sua carreira jornalística se deu na coluna “Palanque”, de O Estado, na qual foi editor, de agosto a setembro de 1971; e na coluna “Balaio”, da Gazeta de Notícias, da qual também foi editor, desta vez, de fevereiro a agosto de 1972. Nesta última, finalizou suas atividades neste jornal, mas não se afastou por completo das atividades jornalísticas, passando a colaborar com matérias para o Unitário, O Povo, o Diário do Nordeste e o Correio da Manhã de Teresina, dentre outros periódicos. Escreveu ainda para revistas literárias e de notícias em geral. Sua relação com a publicidade aconteceu entre os anos de 1978 a 1984, período em que trabalhou para duas grandes empresas de publicidade, Scala e Mark. À docência, Gilmar de Carvalho dedicou 25 anos de sua vida no Curso de Comunicação Social da UFC e, ao se aposentar como professor universitário, passou a dedicar-se mais ainda à pesquisa sobre a cultura popular nordestina, publicando livros, artigos em revistas e jornais, além de desenvolver projetos e atividades que têm o objetivo de divulgar, reconstituir, através da escrita, as tradições populares do nordeste como, por exemplo, as cantorias, o artesanato, a culinária, dentre outros.
Palavras-chave: Pluralia Tantum. Gilmar de Carvalho. Literatura.

Lídia Barroso Gomes


Graduanda em Letras Português-Espanhol e respectivas Literaturas pela Universidade Federal do Ceará (UFC); desde 2009 faz parte da equipe de organização dos arquivos de escritores cearenses no Acervo do Escritor Cearense da UFC onde desenvolve um projeto de pesquisa em Literatura Comparada; há cinco anos é integrante e tutora do Grupo de Estudos Literatura, Histórias e Outros Saberes do Departamento de Literatura da UFC, coordenado pela Profa. Dra. Odalice de Castro Silva; é integrante do Projeto de pesquisa interinstitucional Figurações do Feminino nas Literaturas Brasileira e Portuguesa da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Nova de Lisboa Portugal. Em 2012, foi bolsista de Mobilidade Acadêmica na Universidade de Colima, México.

Resumo Palestrante André Damasceno

Resumo: ANTÔNIO SALES, UM CEARENSE À FRENTE DE SEU TEMPO.

Por: André Barbosa Damasceno

Esta pesquisa pretende destacar características e ações, tanto no homem, quanto no poeta e escritor, que nos levam a proclamar Antônio Sales um homem muito à frente de seu tempo. O que nos motivou à pesquisa foram as lacunas encontradas em alguns trabalhos acadêmicos e livros publicados, os quais afirmam uma antecipação do autor em relação ao programa de instalação da Padaria Espiritual, em relação à Semana de Arte Moderna de 1922. Mostraremos através da crítica feita ao romance Aves de Arribação (1914), em janeiro de 1979, por Otacílio Colares, uma escrita moderna, com uma visão de mundo ampla e sem desprezar as estéticas da época, em um conjunto harmônico, onde antigo e novo se condensam, nos convidando a relacionar sua escritura ao trabalho de Charles Baudelaire, em O Pintor da Vida moderna (1863), quando lemos o tratado entre o homem especialista e o artista. Não podíamos anunciar essa predicação a Antônio Sales levianamente, sem uma aprofundada pesquisa em sua vida, para tanto buscamos em Antônio Sales e sua época (1984) de Wilson Bóia, bases para sustentar a afirmação, de que Antônio Sales é um precursor, como nos atesta Moreira Campos em Porta de Academia (2013), se antecipando de 30 anos ao movimento Modernista de 22, que por suas ações e escrita, foi um homem sempre à frente de seu tempo.

Palavras-chave: Antônio Sales. Escrita. Vida. Literatura. Moderno.

13ª Palestra Encontro Literário Moreira Campos

Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 24 de setembro, um momento especial, em homenagem aos escritores da Literatura Cearense, com a apresentação dos pesquisadores André Barbosa Damasceno e Lídia Barroso Gomes, membros do grupo de pesquisa “Literatura, história e outros saberes”, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC). Todos estão convidados.

Tema da palestra: Mesa de Pesquisa sobre Escritores Cearenses
Palestrantes: André Barbosa Damasceno e Lídia Barroso Gomes
Quando: 24 de Setembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.


https://www.facebook.com/events/308202582700619/

Autran Dourado: artesão da palavra


Artigo da Professora Liduína Maria Fernandes (UECE) 

Resumo da Palestra - Autram Dourado

AUTRAN DOURADO E A LINGUAGEM INTERVALAR DA (S) POÉTICA (S)

Odalice de Castro Silva (Professora de Teoria Literária e Literatura Comparada/Associado IV do Depto. de Literatura da UFC)

RESUMO: Este exercício de leitura de textos de Autran Dourado (1926-2012) concentra-se na linguagem intervalar com que o escritor planejou e executou a sua Poética. É mais seguro afirmarmos Poéticas, uma vez que a trajetória de seu trabalho de criador de ficções apresenta-se de modo multiforme. Partindo Teia (1947), estende-se por cinco décadas, com o reconhecimento de Prêmios, como Goethe e Camões, o primeiro de 1982, e o segundo de 2000. Autran Dourado defendeu, como exigência, para um bom escritor, uma formação literária e cultural apoiada na leitura dos clássicos e, em decorrência de uma formação exigente, consta-se uma reflexão constante sobre o ato criador, a luta do jovem escritor para reescrever os grandes mitos da humanidade, consolidados pela tradição ocidental. É sobre esse espaço intervalar da (s) Poética (s) que organiza(m) a escritura de Autran Dourado que este exercício detém-se e homenageia o escritor mineiro, autor da obra-prima Uma Vida em Segredo (1964).

Palavras – chave: Poética – Escritura – Tradição - Crítica Literária

12ª Palestra Encontros Literários Moreira Campos


Em prosseguimento aos Encontros Literários Moreira Campos 2014, teremos, nesta quarta-feira, dia 10 de setembro, um momento especial, em homenagem ao escritor mineiro Autran Dourado, com a apresentação da Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC), com a conferência “Autran Dourado e a linguagem intervalar da (s) poética (s)”. Todos estão convidados.
Tema da palestra: Mesa de Pesquisadoras de Autran Dourado
Palestrantes: Prof.ª Dr.ª Odalice de Castro Silva (UFC)
Quando: 10 de Setembro (Quarta), às 18:00 horas.
Onde: Auditório José Albano, Curso de Letras, CH/UFC – área II.


https://www.facebook.com/events/776814312360848/

Fotos Palestra - Mesa de Pesquisadores José Saramago

  



 

                               

Palestra - Mesa Pesquisadores José Saramago

 
Denise Noronha Lima

É doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará, com área de concentração em Literatura Comparada, onde desenvolve uma pesquisa sobre a relação entre literatura e memória, com ênfase na obra de José Saramago. Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual do Ceará (1994) e mestrado em Letras pela Universidade Federal do Ceará (2002). área de concentração em Literatura Brasileira. É professora assistente da Universidade Estadual do Ceará, onde ingressou em 1995.

Palestra: CALIGRAFIA DE UM ESCRITOR: A FORMAÇÃO DO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO

RESUMO:
A notoriedade do escritor português José Saramago (1922-2010) teve início em 1980, com a publicação do romance Levantado do Chão, dois anos antes de sua verdadeira consagração, com Memorial do Convento (1982). Para muitos leitores, este é o início de uma trajetória de êxito literário, só interrompida com a morte do autor, em 2010. Houve, no entanto, uma fase anterior e pouco conhecida, caracterizada por duas experiências diferentes no romance, separadas por um intervalo de três décadas: Terra do Pecado (1947) e Manual de Pintura e Caligrafia (1977), além de Claraboia (2011), escrito na década de 1950 mas publicado postumamente. Nossa proposta é apresentar essas narrativas como exercícios de formação do romance de José Saramago, cujo exame abre novas perspectivas sobre o restante da sua obra.

O GRANDE APRENDIZ: JOSÉ SARAMAGO VIT POUR DIRE QU'IL EST
Francisco Wilton Lima Cavalcante (Mestrado/UFC)

Quando, em 1975, José Saramago (1922-2010) perdera seu emprego no Diário de Notícias e vira-se forçado a tomar a “grande decisão” de sua vida: tornar-se escritor, contava já quase sessenta anos, e certamente não imaginava que se firmaria como um dos grandes romancistas do século XX. Cultivando de forma particular os gêneros e tendências artístico-culturais, descobriu, revisitou seu percurso literário e nos mostrou os movimentos de desenvolvimento de sua obra, que compreende, desde a primeira publicação – Terra do pecado (1947) –, até a última, em vida – Caim (2009) –, mais de sessenta anos de produção. Num momento de extrema sinceridade, a 6 de maio de 1994, ele escreveu em seu diário, Cadernos de Lanzarote (1997), que “on vit pour dire qui on est” – “vivemos para dizer quem somos”. Essa necessidade de dizer quem ele é levou-o a afirmar constantemente que, em sua literatura, estão impressas as marcas de sua vida; e que o leitor, ao adentrar o universo ficcional do escritor, não procura ler o romance, mas o romancista. Esta breve comunicação tem o intuito de refletir a respeito de sua obra e dialogar com o que nela há do próprio Saramago, com destaque para as “passagens” ficcionais e pessoais decisivas dessa trajetória.

Palavras-chave: Literatura Portuguesa. Romance. Memória.

Fotos 1ª Jornada Literária Moreira Campos

Jornada Literária 100 anos de Moreira Campos. Nossos sinceros agradecimentos aos alunos e aos professores que estiveram conosco.