RESUMO: A PAIXÃO CLARICIANA DECLINADA NO TEMPO DE AGORA
Por Odalice de Castro Silva (UFC)
A narrativa de ficção, tanto no formato do conto, mais longo ou mais
curto, como no do romance, entre os anos de 1940 a fins de 1960, na
Literatura Ocidental, aprofundou a percepção da linguagem, observando a
relação imaginária entre as palavras e as coisas. Esta última passa a
ocupar o centro dos estudos ligados à
ciência do Conhecimento, à existência, ao formalismo nas ciências e na
Literatura, em sua “função sistematizadora e estruturante da linguagem”
(Nunes: 1976, p. 70), operando na concepção-do-mundo do artista,
proveniente de seu trabalho de criação, para desenhar e intermediar a
sua percepção da realidade. Entre algumas categorias mais usadas para
discutir a concepção-do-mundo de Clarice Lispector (1920-1977) expressa
na existência das personagens, desde Perto do Coração Selvagem (1944),
compreendendo, sobretudo os anos de 1960, com as obras de maior
inquirição existencial, como A Paixão Segundo G.H. (1964), este
exercício pretende concentrar – se na categoria paixão, enquanto fonte
primordial de onde partem os sentidos, as fontes da vida, mas também
permitir-se levantar perguntas sobre outras interpretações mais usuais
da categoria.
Palavras – chave: Narrativa. Leitura. Concepção-do-mundo. Paixão.
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